» » Ministro de Dilma diz que Lula virou 'troféu' e que Moro criminaliza política

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta segunda-feira (14) a jornalistas no Palácio do Planalto que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva virou “troféu para ver quem pega primeiro”. Em seu gabinete, ele acrescentou que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, “traçou um plano” para “criminalizar a política”.
Entre as investigações que Moro conduz, está a que apura se o ex-presidente Lula recebeu vantagens indevidas a partir do esquema de corrupção que atuou na Petrobras, como a reforma de um sítio em Atibaia e um apartamento triplex no Guarujá.
Paralelamente, o Ministério Público de São Paulo investiga se o petista ocultou às autoridades ser o dono do triplex e do sítio em Atibaia (SP). A defesa de Lula nega as acusações.
“Quer dizer, criou-se uma tese de que ele [Lula] é chefe de uma gangue, então se investigam pessoas e não crimes. Quer dizer, não é uma coisa clara. Eu acho que tem gente babando sangue querendo provar [que Lula cometeu crimes] e ele virou o troféu para ver quem pega primeiro”, afirmou Wagner, que recebeu jornalistas no Palácio do Planalto.
O ministro ainda classificou de "espetaculoso" o trabalho da Lava Jato. Para Wagner, Moro traçou um plano para "criminalizar a política".
“Houve um plano traçado pelo [juiz] Moro e ele está quase chegando ao seu objetivo, que é criminalizar a política. Vocês já viram algo tão espetaculoso que durou tanto tempo?”, disse o ministro.
Procurada pelo G1, a Justiça Federal do Paraná informou que Sérgio Moro não comentará as declarações de Jaques Wagner.
'Salvador da Pátria'
O chefe da Casa Civil ainda se disse “preocupado” com o “andar da carruagem” porque, segundo ele, o Brasil está esperando um “salvador da Pátria”. “E como eu não acredito nisso [em salvadores], acho que estamos nos preparando é para alguma coisa complicada”, disse.
Para o ministro, o momento no Brasil é de “negação” da política. Segundo ele, isso pode resultar em um regime autoritarista. “Quer dizer, qual é a democracia que meu neto vai ter quando crescer?”, indagou.
Aos jornalistas, o ministro avaliou ainda que a Operação Lava Jato foi “mais forte” que outras. Ele defendeu uma reforma politica para evitar o surgimento de novos casos de corrupção no país.
“Ou seja, se a máquina é de entortar gente, mesmo que a pessoa seja direita, ela entorta ou cai fora. Se a gente não patrocinar uma reforma política, vamos ter outros casos como estes [investigados na Lava Jato] daqui a três, quatro anos”, observou.
Lula ministro
Em um dos trechos da entrevista, Wagner também falou sobre a possibilidade de Lula virar ministro do governo Dilma. Ele negou que, nesse caso, a presidente possa ser acusada de “obstrução da Justiça” – se Lula virar ministro, as investigações sobre ele passam da Justiça Federal para o Supremo Tribunal Federal.
“Me digam qual é a obstrução, pelo amor de Deus! O Supremo não é Justiça? O mensalão não foi julgado pelo Supremo? Tudo o que ele [Lula] não quer é isso, essa tese [de que Dilma obstruiria a Justiça]. Ele prefere continuar com o currículo dele como sempre teve”, disse.
Segundo o ministro, o ex-presidente se considera “injustiçado” em razão da “caça” contra ele. “E todo mundo quer que o presidente Lula venha para o governo. Ele aglutina, tem propostas”, acrescentou.
O ministro foi indagado se iria para o comando do Ministério da Justiça caso Lula fosse nomeado para a Casa Civil. Wagner respondeu que não e alegou que não dá para ir "para uma pasta como esta sem dominar as coisas". A posse do novo ministro da Justiça, Wellington Lima e Silva, foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal, que entendeu que ele deve deixar a carreira de procurador no Ministério Público para assumir um cargo no governo.
“Só coloco meu chapéu onde a minha mão alcança. Sei do que sei e sei do que não sei. Não dá para ir para uma pasta como esta sem dominar as coisas”, disse Wagner.
O ministro da Casa Civil também comentou a situação de Lima e Silva, que foi procurador-geral na Bahia quando Wagner foi governador.
“O que é racional neste momento? Ele trocar 25 anos de Ministério Público por três anos [de governo]? […] Eu jamais pediria para ele ficar [no governo], porque não acho justo. Mas, sim, eu fico pesaroso porque ele é um tremendo quadro. Mas tudo bem. Se não pode, não pode”, disse
'House of Cards'
Na entrevista no Planalto, Jaques Wagner relacionou o processo de impeachment de Dilma à série norte-americana “House of Cards”, na qual o personagem Frank Underwood, inicialmente deputado, se torna presidente dos Estados Unidos após articular a queda do vice-presidente e o impeachment do presidente.
Para Wagner, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está com “pressa” para levar adiante o processo de impeachment na Câmara e se move "por raiva" . Cunha virou réu no Supremo Tribunal Federal por suspeita de receber propina no esquema de corrupção da Petrobras e enfrenta um processo no Conselho de Ética da Câmara que pode levar a cassação do mandato.
“Ele [Cunha] se move por raiva porque ele acha que a Polícia Federal dela [Dilma], o Supremo Tribunal Federal dela e o Ministério Público Federal dela agiram. Quer dizer, para ele, é um troco: ‘A senhora vai antes de mim’. Então, é como no House of Cards. Mas, assim, tem o rito e nós vamos trabalhar para barrar o impeachment, vamos conversar”, declarou Wagner.
Na avaliação do ministro da Casa Civil, o processo de impeachment está sendo "banalizado". Para ele, o impeachment “é uma coisa nobre da democracia”. Segundo ele, nada é mais “sagrado” que o voto popular e os remédios para a crise ou impopularidade não podem ser a destituição do presidente eleito.
“Então, é um artifício usar a ferramenta constitucional do impeachment. Vai virar uma bagunça total. O presidente está impopular? Mete impeachment? O que é isso? Acho que estamos arriscando nossa democracia”, declarou.

Postador Vagner Lira

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